quarta-feira, 14 de julho de 2010


O ator de "Malhação ID", Filipe Galvão, não esconde no seu discurso, o jeito despreocupado e inerente dos seus 19 anos de idade. Vestido com figurino pouco largado, barba por fazer, evidenciam uma adolescência não muito distante, como ele próprio admite: "Sou um moleque. Me considero um menino até hoje. Adoro o macarrão com carne moída da minha mãe", diverte. As características do ator se aproximam bastante com o personagem de Bernardo, um jovem com poucos limites, desde a estreia da nova temporada de "Malhação ID".

Filho do cantor e ator Fábio Jr. com a artista plástica Cristina Kartalian, Filipe é do estilo que encarna bem o estilo de vida impetuoso típico da idade. "Vivo tudo intensam
ente. Tudo. Acho que a gente tem de viver agora. Não se sabe o que vai acontecer amanhã, então sou do aqui e agora", diz ele, que gosta de ser chamado de "Fiuk", seu apelido.

No primeiro
capítulo de Malhação ID, Bernardo foi um cara que conseguiu enrolar um punhado de meninas apaixonadas por ele, ainda roubou um balão e colocou um grupo de amigos correndo perigo. O tipo de comportamento não lembra nem um pouco o padrão intitulado "certinho", que costumava marcar os protagonistas que o antecederam. Mesmo estando longe do perfil de politicamente correto, o personagem "Bernardo" é muito defendido por Fiuk. "Ele não faz isso por mal, não é um cara ruim. O Bernardo é totalmente do bem. O problema é que, de vez em quando, faz algumas coisas sem medir as consequências", afirma o ator. Como um novato na profissão de ator, Fiuk reconhece que começar uma carreira na tevê (ainda mais no papel principal de uma trama) tem um certo peso. Mas mesmo assim, ele prefere encarar a situação de maneira bem tranquila. "É muita responsabilidade. Mas estou vivendo isso com o maior amor do mundo. Estou curtindo demais", revela.

"Malhação" não está sendo o primeiro trabalho de Fiuk, mas não chega estar muito longe disso. O ponto de partida no mundo da interpretação aconteceu meio por acaso: foi através de uma indicação de um a
migo, ele foi selecionado para fazer parte do elenco de "As Melhores Coisas do Mundo", um longa de Laís Bodanzky que foi rodado no ano de 2008, baseado na série de livros "Mano", assinados pela escritora Heloísa Prieto e pelo grande jornalista Gilberto Dimenstein. "Nunca tinha feito curso de Teatro, nunca tinha feito nada. Fiz o teste, entrei e participei do filme. A Laís é minha madrinha", confessa. A carência de educação formal nesta área não chega a ser um problema para ele, que gosta de en carar a atuação como uma forma independente da técnica. "Teatro é arte, é emoção, é coração. Não sinto necessidade de aula, não pensei nisso ainda. O que já estou aprendendo na gravação não é brincadeira", diz o ator.



Fiuk possui experiência de palco, mesmo que seja em meio a instrumentos musicais. Quando era mais jovem, chegou a juntar os amigos para dar início a u
ma banda. E para escutar os acordes dos rapazes pela primeira vez, quem estava sempre de ouvidos era o experiente Fábio Jr. "Entreguei para o meu pai, pedi para ele escutar e disse que era isso que eu queria da minha vida. Ele respondeu: 'É o que você quer? Então vai atrás'. Foi a melhor lição que ele me deu", valoriza o ator e cantor, que g uarda como semelhança com o pai não só as escolhas profissionais, mas também a aparência física. Fiuk não se incomoda com as possíveis comparações.

"Acho que isso vai ser uma coisa normal. Tenho o maior orgulho de ser filho dele, acho que ele atua e canta para caramba. Para mim, ele é uma referência", garante. Para provar, Fiuk pretende (assim como o seu pai Fábio Jr.) conciliar os trabalhos nas duas áreas: além de atuar como ator, ele vai continuar à frente da sua banda "Hori", que vai lançar em breve um CD. "Amo o que faço e não me preocupo em divertir.As coisas caminham lado a lado",finaliza.

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